A intempestiva folha outonal,
Se desprendeu da cumieira materna.
A desgarrada aventureira iniciou sua jornada,
Num voo sem destino certo.
Os estratagemas climáticos,
Incertos nesta época,
Guardam surpresas impensadas.
Ao sabor do vento,
A pequena sonhadora,
Experimenta a ilusão de ter asas.
Vindouras nececidades,
Tornarão a vertiginosa queda,
Um pesadelo particular.
Forças ocultas ditam o rodopio ciclópico,
A impiedosa gravidade,
Digladia-se com o vaco.
Terá ela um fim?
Um triste fim não sei...
Quisera eu ser folha,
Para ao sabor do vazio me completar.
Odair Comin
Nenhum comentário:
Postar um comentário