Estremeço; a face gélida.
Vento em meu rosto, a contragosto.
Página de rosto no rosto da página.
Letras, palavras, frases; sussurros.
Sons enegrecidos;
Na fenda escura, um olhar.
Por ruas estreitas, minh’alma vaga.
Não há vagas, volto a perambular.
Caminhos fossilizados pela eternidade.
Rastros e rostos apagados pelo esquecimento.
Não há mais como me localizar.
A direção esqueceu de me avisar,
Mas parado não posso ficar.
Odair Comin
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