domingo

Poesia: Aurora Boreal


A beleza é infinita,
Quão infinito é o universo.
Tantas são as belezas,
Que nossos olhos atentos,
Por mais acuidade que tenham,
Jamais verão tais maravilhas,
Em suas infinitas formas.
A beleza não é rara,
Raro são nossos momentos,
Na presença da beleza...

Estrelas, constelações e via-lácteas.
Luas, sóis e planetas.
Asteróides, meteoros e cometas.
Estranhas belezas, belezas mortais.
Na dança do universo,
Somos meros espectadores,
Meros sim, mas privilegiados.
Nessa dança a terra entra na roda.
Entra na roda e roda.
O movimento nos dá o dia e a noite...

O dia tem suas belezas,
Mas à noite o céu suplanta,
E dois olhos são pouco,
Para tamanha beleza espacial.
As vezes o céu nos presenteia.
Diferentes brilhos cobrem o véu noturno.
Chamas ardentes e coloridas.
Um brilho lânguido no horizonte.
Chamas verdes, vermelhas, azuis e laranjas.
Um véu ondulado e rosado, envolve nosso planeta...

Apenas palavras jamais conseguirão,
Por si só explicar; é preciso imagens.
A aurora boreal faz as cores dançarem.
Ventos solares invadem a noite escura,
Ondas de luz movem-se pelo céu estrelado,
O anel da aurora circunda a terra.
Partículas energéticas são injetadas,
Quando na atmosfera: transfiguram-se,
Se esparramando como estrelas caindo do céu,
E um brilho néon satisfaz nossa visão...

Não contente apenas com o dia,
O sol invade a noite e brilha.
O habitante terrestre perde o sono,
Envolvido pela estranha combinação,
O sol da meia-noite invade a privacidade da lua.
Olhos nus, telescópios, sentado, em pé.
Plenitude à domicílio,
Um fenômeno multicolorido,
Faz a marcação do ciclo do sol,
E baila tranqüilamente com o universo...

Odair Comin

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