sexta-feira

Ensaio Poético: Corpo


Corpo, tu que és o mais complexo,
Complexidade velada, desvelada.
Viestes de um indivisível átomo.
Uma célula humana.
Com capacidades super humanas.
Que mistérios tu escondes.
Entranhados entre sinapses coloridas.
Sistemas incompreensíveis,
Em meio à pequenas compressões.

Corpo, tu és a ponte,
Atravessar pensamentos.
Me faz sofrer, me dá prazer.
Me faz chorar, me faz sorrir.
Em ti adormece minh’alma.
Espírito, sopro de vento em meu rosto.
Milhões de células, milhões de átomos.
Milhões de neurônios, milhões de pensamentos.
Lembranças lembradas, esquecidas, perdidas.

Corpo despido, corpo coberto.
Tu que sentes o frio,
Tu que sentes o calor.
O fogo te queima,
A água te banha.
As vezes rígido, as vezes flexível.
As vezes completo, as vezes faltante.
De onde veio, para onde vais.

Corpo junto de outro corpo.
Dois corpos num só corpo.
Corpo que não conhece seus limites.
Um corpo superado por outro.
Corpos alimentados, corpos desnutridos.
Corpos confortáveis, corpos sofridos.
Corpo bem cuidado, corpo ignorado.
Corpo saudável, corpo doente.
Um corpo que é a sua cara...
Odair Comin

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